Pessoas reunidas para trabalhar em inovações incrementais

A inovação incremental é o tipo de inovação usado com mais frequência nas empresas. E, ao mesmo tempo, é o menos conhecido também! Isso porque ele consiste de algo que já estamos bem acostumados a fazer (especialmente quem é um tiquinho perfeccionista que nem eu).

Procurar maneiras de melhorar o que já existe.

É por isso que a inovação incremental pode ser uma baita estratégia para quem precisa expandir a fatia de mercado sem grandes investimentos na pesquisa e desenvolvimento de novos produtos.

Mas, primeiro, vamos entender um pouco melhor sobre ela? Segue comigo que eu explico aqui embaixo 👇

O que é inovação incremental?

A inovação incremental é um aprimoramento em algo que já existe. Pode ser uma melhoria na tecnologia de um produto, na eficiência de um processo ou na qualidade de um serviço que é prestado, entre vários outros exemplos.

O contrário é a inovação radical, que cria algo totalmente novo para solucionar um problema específico.

Por sua vez, ela pode evoluir para se tornar uma inovação disruptiva, aquela que conhecemos por desestabilizar o mercado através da criação de novos padrões de consumo.

Origem do conceito

O conceito de inovação incremental foi criado em 1939 por Joseph Schumpeter, economista austríaco que virou professor na Universidade de Harvard.

Frase de Joseph A. Schumpeter sobre inovação

No livro Business Cycles, ele estabeleceu esses três conceitos dos quais a gente falou ali em cima pela primeira vez na literatura.

A diferença é que, na época, a inovação disruptiva foi nomeada como destruição criativa — uma definição que, apesar de tudo, não deixa de ser adequada no contexto da atualidade.

Alguns exemplos

Mesmo sem conhecer você, digo com tranquilidade que existem mais coisas que são fruto de inovações incrementais no seu dia a dia do que você imagina. Só pra ter uma noção, eu trouxe alguns exemplos simples:

O celular que você usa é uma inovação incremental. Afinal, já existiam aparelhos que faziam ligações e permitiam enviar mensagens SMS, jogar o jogo da cobrinha ou até mesmo tirar fotos antes da tela touch screen. Ou seja, muitas funções que hoje a gente considera essenciais foram sendo adicionadas ao longo dos anos.

O carro que você dirige ou o ônibus que você pega são inovações incrementais. Isso porque os primeiros modelos de automóveis eram bem menos eficientes, rápidos ou seguros do que os de hoje em dia, pode ter certeza. E também não tinham metade dos recursos que você encontra hoje!

As lâmpadas que iluminam a sua casa são inovações incrementais. A primeira lâmpada de Thomas Edison era feita de filamento de algodão carbonizado e queimou por 45 horas. Hoje, qualquer modelo simples de LED que você compre na ferragem beira as 50 mil horas.

Por que as empresas apostam na inovação incremental?

É super comum que a inovação incremental aconteça nas empresas de forma mais difundida do que os outros tipos de inovação.

Afinal, o próprio desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores pode ser considerado uma inovação radical. E ele geralmente fica em uma área separada para a inovação ou P & D (Pesquisa & Desenvolvimento), longe do dia a dia de quem atua “na linha de frente”!

Para os produtos e serviços que já estão no mercado, as empresas tendem a aplicar melhorias graduais que ajudam a aumentar o valor do que já oferecem para os clientes. Tá aí a inovação incremental da qual a gente tanto fala!

E isso acontece por vários motivos. Separei alguns deles a seguir:

O custo é menor — e o risco também

E é aqui que está o trunfo da inovação incremental. Geralmente, ela tende a ser mais frequente porque envolve menos riscos do que uma inovação radical.

Como ela é baseada em algo que já existe, requer menos recursos para a viabilização de um teste que possa validar a inclusão do produto ou serviço no mercado.

Isso, é claro, é uma opção super interessante para empresas que estão lutando para encontrar uma maneira de atingir a sustentabilidade financeira em um mercado que muda dia após dia.

Inclusive, tem outro tipo de inovação que conta com esses mesmos benefícios que eu já falei aqui no blog: a inovação aberta. Clica no link para dar uma olhadinha no post e saber mais sobre ela!

Tempo mais curto de aplicação

Muitas vezes, o tempo acaba sendo um fator decisivo para seguir (ou não) com um projeto inovador.

Afinal, em um momento de incerteza econômica exacerbada, não é de interesse da empresa gastar meses e meses para desenvolver um produto que não vai funcionar, né?

A inovação incremental tende a ser bem mais rápida porque envolve ajustes em uma estrutura que a empresa já possui.

Sendo assim, fica mais fácil de testar várias soluções, uma atrás da outra, para entender o que vale mais a pena seguir para as fases finais de aplicação — e garantir uma margem de lucro mais gordinha.

Fortalece a presença da empresa no mercado

Entre uma empresa que já está consolidada no mercado há anos e outra que surgiu há apenas alguns meses, é de se esperar que o consumidor escolha a primeira, né?

Isso porque a credibilidade da marca importa (e muito) para o cliente na hora de avaliar a qualidade de uma possível compra. E a inovação incremental traz uma vantagem especial para empresas com bastante tempo de história.

Ela permite que os produtos e serviços sejam melhorados, atendendo a novas necessidades dos consumidores e garantindo o uso de novas tecnologias e soluções, ao mesmo tempo em que mantém a confiabilidade de sempre.

Um prato cheio para quem pretende manter sua base de clientes fidelizada ao longo dos anos!

Do que eu preciso para aplicar a inovação incremental?

Ok, você provavelmente já entendeu que quase toda empresa pode aproveitar as vantagens da inovação incremental e está com a cabeça fervilhando de ideias, se perguntando por que você não vem fazendo isso faz tempo.

Mas tenho uma boa notícia!

Se você está à frente da gestão de uma equipe e está sempre matutando novas ideias para melhorar a qualidade dos produtos que você oferece (ou a maneira que você usa para produzi-los, ou a logística que você usa para transportá-los)…

Você provavelmente já está praticando a inovação incremental.

De qualquer maneira, sempre tem espaço para progredir, né? Então, pega essas dicas rápidas sobre como aplicar a inovação incremental com maior eficiência na sua empresa.

Incentive o intraempreendedorismo e a cultura da inovação

Encorajar os colaboradores a se tornarem intraempreendedores e sugerirem melhorias para o produto e o dia a dia da empresa pode ajudar a construir uma noção de colaboração e progresso entre a equipe.

Além, é claro, de possivelmente aumentar as margens de lucro!

Afinal, mesmo que a inovação não chegue às mãos do consumidor final, ela pode representar uma economia de alguns minutos em um processo de produção que pode alavancar a produtividade da operação como um todo. Algo parecido com um efeito borboleta.

Abraçar a mudança como uma constante

É provável que, nesse momento, enquanto você está pesquisando sobre como melhorar seus produtos ou serviços, seus concorrentes estejam fazendo exatamente a mesma coisa.

A agilidade do mercado faz com que seja necessário se adaptar rapidamente a mudanças externas que podem ter grande impacto na empresa como um todo.

Por isso, você precisa adotar a resiliência como um dos princípios-chave para a cultura da empresa e difundir essa visão entre seus colaboradores. Assim, a equipe é capaz de responder rapidamente e estar à frente da concorrência na hora de desenvolver e aplicar melhorias!

Conclusão: isso é para a minha empresa?

Quando o assunto é inovação, não é como se desse para apenas escolher uma modalidade preferida e aplicar uma vez atrás da outra com os melhores resultados.

Elas precisam andar lado a lado, todas integrantes de uma estratégia macro beeeeeem definidinha. Isso garante que você aproveite o melhor de cada uma delas no momento mais crucial para a sua empresa.

Afinal, tudo depende. Desde o contexto interno da empresa até o cenário do mercado. Desde as tendências que estão orientando o nicho até as tecnologias exclusivas de cada marca.

Por isso, minha dica final é: abrace a incerteza e tente fazer o melhor dela! Ah, e já sabe: se tiver dúvidas, é só deixar aqui embaixo nos comentários. Até a próxima.

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