Com o retorno dos colaboradores aos escritórios, as empresas consideram o que precisa ser feito para encarar as mudanças geradas pela pandemia do coronavírus. O futuro do trabalho mudou. Antes já havia um processo de flexibilização, ainda em marcha lenta. Agora, a mudança é a regra.

A verdade é que existe uma demanda crescente pelo home office ou pelo trabalho híbrido. No entanto, ainda há empresas que preferem manter o modelo tradicional.

Será que vale a pena? Vamos trazer as informações sobre esse cenário e refletir sobre as possibilidades. Continue com a gente!

O contexto empresarial durante a pandemia

Do dia para a noite, o isolamento social foi adotado como regra no Brasil. Apesar de um lockdown efetivo não ter sido decretado, os escritórios se esvaziaram e muitos tiveram que se adaptar ao trabalho em casa.

Segundo dados da Pesquisa Gestão de Pessoas na Crise Covid-19, da Fundação Instituto de Administração, 46% das empresas adotaram o home office durante a pandemia. Os principais setores que implementaram esse modelo foram:

  • serviços hospitalares: 53%;
  • indústria: 47%.

Considerando o porte das companhias, 55% das grandes colocaram os colaboradores nesse regime de trabalho. Entre as pequenas, o índice chegou a 31%.

Ainda houve 33% das companhias que optaram pelo chamado trabalho híbrido. Ou seja, alguns dias da semana no escritório e outros dias em casa.

Apesar das diferentes estratégias, ainda houve dificuldades. Do total de empresas analisadas, 67% disseram ter apresentado dificuldades com o home office. Entre os principais obstáculos estiveram:

  • uso de ferramentas de comunicação: 34%;
  • comportamento dos colaboradores ao acessarem os ambiente virtuais: 34%;
  • atuação das áreas de TI: 28%.

Os colaboradores também tiveram dificuldades. A mesma pesquisa demonstrou que apenas 9% das empresas auxiliou com os custos de internet e somente 7% com os gastos relativos a telefone.

O resultado da experiência

Mesmo com as dificuldades, 50% das empresas consideraram que o home office superou as expectativas. Outros 44% entenderam que o resultado ficou de acordo com o esperado. No entanto, 36% relataram que não pretendem continuar com o trabalho a distância.

Ainda há 34% que querem manter o home office para ¼ dos profissionais. Para 29%, o foco é manter o trabalho a distância para metade ou mais do quadro de colaboradores.

O desejo dos colaboradores para o futuro do trabalho

Boa parte dos profissionais quer continuar no home office. Para os colaboradores, o futuro do trabalho é flexível. Isso é o que demonstra uma pesquisa da consultoria Robert Half.

De acordo com o levantamento, 44,1% das mulheres profissionais prefeririam uma nova oportunidade de trabalho se tivesse que sair do home office. Entre os homens, o índice chega a 31,4%.

Além disso, 63,8% dos entrevistados disseram que preferem trabalhar mais dias em casa do que no escritório. Do total de profissionais, 76,5% passaram a encarar o home office como um novo modelo de trabalho.

A decisão das empresas

Muitas companhias ainda estão decidindo o que farão no pós-pandemia. Essa é a situação de 58,1% das empresas. Entre aquelas que tomaram uma decisão, 65,4% optaram pelo regime híbrido.

No entanto, a maior parte destaca que implementará um modelo mais rígido, em que define exatamente quais dias da semana serão no escritório e quais serão em casa. A total flexibilidade é a opção para apenas 19,4% das empresas. Nesse caso, nenhuma regra é definida.

O que é possível esperar do futuro do trabalho?

A verdade é que muitas empresas ainda esperam voltar ao modelo anterior, mas isso nem sempre será possível. Muitos profissionais já exigem uma mudança. Portanto, insistir no retorno ao escritório pode levar a uma perda de profissionais e à dificuldade na retenção de talentos.

Por isso, é preciso pensar em mudanças. De acordo com tudo o que foi analisado pela Robert Half, a empresa elencou as principais tendências para o futuro do trabalho. Veja quais são elas:

  • ambientes remotos e home office produtivo;
  • conhecimento por meio de EaD;
  • capacidade de autogestão, para que o próprio profissional tenha controle sobre seu trabalho;
  • estabilidade via rede de contato, ou seja, o trabalho será cada vez mais sob demanda e contratos de curto prazo. Por isso, o intraempreendedorismo também surge como alternativa viável.

Assim, o mercado exige uma mudança. O futuro do trabalho tende a ser mais flexível, mesmo que muitas empresas ainda resistam a esse novo cenário.

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